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Pplware Gato de Schrödinger está vivo e morto ao mesmo tempo Vítor M. Vítor M. 2 meses ago Cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW) conseguiram demonstrar a existência do gato de Schrödinger, usando um chip quântico. Schrödinger estava certo.
O que é o gato de Schrödinger?
O gato de Schrödinger é um experimento mental proposto em 1935 pelo físico que o batizou, durante suas discussões com Albert Einstein. De acordo com as leis da mecânica quântica, o gato de Schrödinger pode estar vivo e morto ao mesmo tempo, algo que um chip quântico agora provou.
Uma das leis da mecânica quântica indica que os átomos podem experimentar dois estados opostos ao mesmo tempo.
Para ilustrar essa ideia, o físico austro-irlandês Erwin Schrödinger usou o exemplo de um gato que, ao ser envenenado por uma partícula radioativa, em determinado momento estaria simultaneamente vivo e morto.
Imagem Albert Einstein e Erwin Schrödinger À esquerda o físico Albert Einstein, à direita físico austríaco Erwin Schrödinger.
Quase um século depois, cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul conseguiram demonstrar esse conceito, usando um átomo de antimônio como se fosse o gato de Schrödinger.
O gato de Schrödinger é um chip quântico O experimento mental do gato de Schrödinger é quase impossível de assimilar para a mente humana, que opera de forma linear no tempo, ou seja, para nós as coisas acontecem uma após a outra. Um gato está vivo ou morto, mas não as duas coisas ao mesmo tempo.
Na mecânica quântica, não funciona assim. Já observamos esse fenômeno em computadores quânticos, onde a unidade básica de informação, o qubit ou bit quântico, pode ser simultaneamente 0 e 1. Esse fenômeno é conhecido como superposição.
É precisamente esse princípio que permite que os computadores quânticos processem dados milhões de vezes mais rápido do que os computadores convencionais.
Ilutração do gato de Schrödinger Em seu experimento, o professor Andrea Morello equipara o gato de Schrödinger a um átomo de antimônio. Ao contrário de um qubit, que tem apenas dois estados quânticos, o átomo de antimônio tem oito estados, ou seja, oito direções de spin diferentes. Se 0 for codificado como um “gato morto” e 1 como um “gato vivo”, um único erro não é suficiente para decodificar o código quântico.
Nosso gato metafórico tem sete vidas: seriam necessários sete erros consecutivos para transformar o 0 em 1! Assim, em certos momentos, o gato de Schrödinger está morto e vivo ao mesmo tempo, provando a experimentos mentais.
Explica o professor Morello.
O Gato de Schrödinger: Um gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto numa caixa lacrada protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente. Se um contador Geiger detectar radiação, o frasco é quebrado, liberando o veneno, que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de algum tempo o gato estará simultaneamente vivo e morto. Mas, quando você olha dentro da caixa, você só vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto.
Implicações para computadores quânticos Além da curiosidade científica, este estudo é de enorme importância no desenvolvimento de computadores quânticos.
Os qubits atuais usam átomos que possuem dois estados quânticos, ou seja, dois spins. Contudo, por vezes, os átomos mudam de spin de forma súbita, gerando um erro informático. Esse é um dos principais desafios dos computadores quânticos.
Como demonstrado neste experimento, se átomos de antimônio forem usados em computadores quânticos, seriam necessários sete erros consecutivos no spin para causar um erro de computador. Assim, o computador teria tempo suficiente para corrigir essas mudanças antes que o erro se manifestasse, reduzindo drasticamente as falhas atuais nos computadores quânticos.
Os cientistas conseguiram demonstrar a “existência” do gato de Schrödinger usando um chip quântico com um átomo de antimônio. As implicações dessa descoberta para a redução de erros em computadores quânticos podem ser revolucionárias.
Categorias: Ciência, High Tech, Notícias Tags: gato de Schrödinger, mecânica quântica Deixe um comentário Pplware Voltar ao topo Versão móvel de saída