musica 3 anos apos

Três anos após a morte do compositor norte-americano Alvin Lucier (2021), uma equipe australiana levou adiante uma ideia sua: a instalação Revivificação, em exibição na Galeria de Arte da Austrália Ocidental, transforma amostras de células de Lucier em uma peça sonora viva. Pesquisadores reprogramaram glóbulos brancos em células-tronco e cultivaram pequenos organoides cerebrais; estes são conectados a uma malha de eletrodos que capta descargas elétricas, convertendo cada pulso em vibrações que acionam placas de latão e produzem sons imprevisíveis - uma “música biológica” sem partitura nem intervenção direta.

O projeto expande o trabalho experimental de Lucier, autor de obras como I Am Sitting in a Room, e busca provocar perguntas sobre criatividade e os limites da arte quando a vida é reconstruída em laboratório. Criador Guy Ben-Ary diz que a intenção não é ressuscitar o compositor, e os cientistas afirmam que os organoides não têm consciência nem memória. A obra, que não usa inteligência artificial nem simulações digitais, suscita fascínio estético e importantes dilemas éticos e filosóficos sobre o uso de tecido humano na arte.

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